sábado, 18 de junho de 2011

Martin Heidegger e a Hermenêutica de Bultmann




Martin Heidegger e  Bultmann





De suma importância para o desenvolvimento da teologia de Bultmann, foi a presença de Heidegger em Marburg de 1923 à 1928, como professor de filosofia. Ambos os professores estabeleceram, nessa época, relação estreitas e conduziram conjuntamente seminários e estudos. O jovem Heidegger veio a exercer profunda influência na hermenêutica de Bultmann, em particular através de sua obra fundamental Ser e Tempo. Para Bultmann, a análise do ser de Heidegger, é uma percepção ideologicamente neutra – já que formal – da estrutura fundamental da existência humana. Segundo Bultmann, Deus não é objeto da filosofia do jovem Heidegger; Deus não é nela nem testemunhado nem negado. O alegado ateísmo do jovem Heidegger é um “a-teísmo metódico”.
A tarefa teológica permanece, pois, aberta, mesmo com o emprego dos conceitos heideggerianos para a compreensão do ser humano e de sua existência no mundo.




David Rubens

Hans Georg Gadamer e a Teologia de Bultmann



Hans Georg Gadamer e  Bultmann




Gadamer acompanhou com muita atenção o vivo debate teológico do século XX. Durante sua estada na Universidade de Marburg, freqüentou aulas de Rudolf Bultmann, freqüentação que chegou ao reconhecimento da afinidade entre a sua hermenêutica e a hermenêutica pós-bultmanniana de Ebeling e Fuchs.
Pode-se situar a relação de Gadamer com a teologia em três níveis:
- A teologia é topas originário do problema hermenêutico e sua história, onde a hermenêutica teológica, como a jurídica, assume também o significado de modelo para a hermenêutica filosófica.
- Relação entre pensamento e palavra. Quem pensa não pensa na palavra, mas na coisa e a palavra vem coma coisa mesma: a palavra é luz que torna visível a cor da coisa.
- A condição geral de Bultmann é a revelação vital do interprete com o objeto comunicado pelo texto, a pré-compreensão existencial. Para Gadamer, na hermenêutica teológica, toda pré-compreensão não pode deixar de ser apenas teológica.


David Rubens

Karl Jasper e a Desmitificação de Bultmann



Karl Jasper e  Bultmann





Numa polemica com Bultmann, Jasper se mostra crítico da sua concepção de desmitificação em relação à narrativa bíblica, porque também esta é conduzida, no fundo, com as mesmas categorias típicas do pensamento científico. Segundo Jasper, a única resposta ao mistério da existência, e, portanto, ao mistério de Deus, consiste em não dar nenhuma resposta: a única resposta é o silêncio. Isso não significa considerar o problema de Deus como não filosófico, mas apenas não liquidá-lo com respostas humanas.


David Rubens

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trajetória de Bultmann




A Trajetória Acadêmica de Bultmann


Doutorado em teologia, Marburg, aos 26 anos (1910), com uma tese acerca da retórica paulina (O Estilo da Pregação Paulina e a Diatribe Cínico-Estóico).
Habilitação à cátedra docente, em Marburg aos 28 anos com uma tese sobre A Exegese de Teodoro de Mopsuéstia.
Em 1916, professor assistente em Breslam, onde casou e teve 2 filhos.
Em 1920, professor catedrático de Novo Testamento em Giessen.
Em 1921, sucedeu Wilhelm Heitmüller (seu ex-professor), na cátedra de Novo Testamento em Marburg, cargo que exerceu até sua aposentadoria em 1951, sendo substituído pelo seu ex-aluno Werner Georg Kümmel (1905-1995).


Principais mestres de Bultmann:

Wilhelm Hermann (1846-1922)
Johannes Weiss (1863-1914)
Wilhelm Heitmüller (1869-1926)
Adolf Jülicher (1857–1938)



David Rubens

Lado Pastoral de Bultmann





O Lado Pastoral do Teólogo Rudolf Bultmann



Bultmann foi presbítero (membro da diretoria) da Igreja da cidade de Marburg. É característica em seus sermões a proclamação direta às pessoas ouvintes, descrevendo a falta de sentido na vida humana, culminando com o chamado à decisão em favor de uma vida autêntica a partir do Cristo crucificado. A convicção de Bultmann foi que apenas com a proclamação da Palavra o acontecimento de Jesus se torna um acontecimento salvífico “para nós”, a saber, na recepção da fé.
O pai de Bultmann foi pastor luterano, seu avô paterno, de tradição pietista, fora missionário na Serra Leoa (África), onde seu pai nascera. Também seu avô materno foi pastor.
A espiritualidade de um lar tradicionalmente marcado pelo ministério na Igreja e na missão marcou, sem dúvida, Bultmann, que como teólogo manteve sempre a centralidade da proclamação do Evangelho.




David Rubens

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Colegas de Bultmann em Marburg.


Rudolf Otto (1869-1937), eminente teólogo luterano alemão, estudioso de Religiões Comparadas.


















Martin Heidegger (1889-1976), um dos pensadores fundamentais do século XX.

















Friedrich Gogarten (1887-1967), pastor luterano e teólogo ligado a teologia dialética.















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