sábado, 20 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Trabalho sobre Bultmann e Heidegger
Trabalho
apresentado no XVII ENIC - Encontro de Iniciação Científica
2012 - UNITAU (Taubaté).
David Rubens
David Rubens
terça-feira, 24 de julho de 2012
A Carreira Acadêmica de Bultmann
Carreira acadêmica
Em 1912, começou
sua carreira acadêmica, inicialmente na qualidade de livre docente de exegese
neotestamentária na Universidade de Marburg, depois como encarregado na
Universidade de Wroclaw (Breslau). Em 1920, foi chamado a suceder o célebre
biblista Wilhelm Bousset[1] na
Universidade de Giessen, mas apenas um ano depois preferiu deixar essa
universidade para retornar a Marburg, que ele sempre considerou a sua pátria
acadêmica, a fim de assumir a cátedra de Novo Testamento e de História da
Igreja Primitiva. Desde então, permaneceu sempre em Marburg até 1951, ano em
que se retirou do ensino. Nesse meio tempo, casara-se[2] em
1920, tendo duas filhas[3] de
seu feliz matrimônio.
Em 1921,
publicou uma de suas obras mais significativas, História da Tradição Sinótica, na qual introduziu no âmbito da
pesquisa neotestamentária o Método
Histórico das Formas.
Neste período
Bultmann, abandonou a orientação liberal na qual tinha crescido e começava a
trabalhar e participar da fundação da Teologia
Dialética,[4]
notoriamente antiliberal e antimodernista.
Prof. David Rubens
[1] Wilhelm Bousset (1865-1920), Bousset era uma figura proeminente da
Escola da História das Religiões. Seu trabalho mais conhecido
envolveu estudos comparativos entre a Igreja Cristã
e outras crenças religiosas, particularmente judaísmo
helênico. Bousset
demonstrou em seus escritos que o pensamento cristão foi profundamente
influenciado pelas culturas vizinhas e sistemas de crenças.
[2] Helene Bultmann.
[3] Antje Bultmann (nascida em 27 de
julho de 1918), primeira filha de Bultmann. Gesine Bultmann (nascida em 1 de
julho de 1920), segunda filha de Bultmann.
[4] A teologia dialética, denunciou as tentativas realizadas pela teologia liberal de reduzir ao silêncio
a Palavra de Deus. A teologia dialética,
afirma que o homem só com as suas forças (a filosofia, a cultura, a religião)
não pode alcançar Deus, já que existe uma infinita diferença qualitativa entre
Deus e o homem. Principais nomes da teologia dialética: Rudolf Bultmann, Karl Barth, Emil Brunner, Friedrich Gogarten, Eduard
Thurneysen.
Os Mestres de Bultmann
Pensadores que
exerceram influência na formação inicial de Rudolf Bultmann
Bultmann cresceu
na famosa escola da Teologia Liberal Alemã[1]
do século XIX: Seus mestres foram homens de clara fama liberal e de orientação histórico-crítica. Ele mesmo deixou a lista
daqueles em relação aos quais sente-se particularmente devedor:
Em Tübingen, o
historiador da Igreja Karl Müller (1842-1940).
Em Berlim, o
estudioso vétero-testamentário Hermann Gunkel (1862-1932): conhecido por sua
contribuição para “crítica da forma”,
e o estudo da tradição oral em textos bíblicos. E o grande historiador dos
dogmas Adolf von Harnack (1851-1930): suas duas obras mais conhecidas são: “Manual
de história do dogma”, em três volumes e a série de palestras “A essência do cristianismo”, texto
clássico da teologia
liberal. Harnack defendeu em sua obra principal História dos Dogmas, a evolução dos
dogmas do cristianismo pela helenizacão progressiva da fé cristã primitiva.
Em Marburg, dois estudiosos do Novo
Testamento; Adolf Jülicher (1857-1938): teorizava que Jesus não afirmou
ser o Messias, mas que a igreja primitiva tinha reivindicado que era. Segundo
esta teoria, o autor do evangelho de Marcos tinha inventado a ideia de “segredo
messiânico”, segundo o qual Jesus tentou esconder sua identidade, e só revelou
a alguns de seus discípulos. Johannes Weiss (1863-1914): conhecido por seu trabalho da
crítica do Novo Testamento. Ele escreveu
as primeiras interpretações escatológicas do Evangelho (1892) e, em seguida, estabeleceu
os princípios da “crítica da forma”: análise das passagens bíblicas através de sua forma
estrutural. E o teólogo sistemático
Johann Wilhelm Herrmann
(1846-1922): influenciado por Kant
e Ritschl, via Deus como o poder
da bondade. Jesus era visto como um homem exemplar. Mesmo que Jesus nunca
existiu, de acordo com Herrmann, seu retrato tradicional ainda era válido. Seu
livro “A Comunhão do Deus cristão” era visto como um dos destaques do
século XIX.
Mondim, afirma
que foi “a conselho de Weiss que Bultmann se orientou para os estudos de
exegese neotestamentária” (MONDIM,
2003,
p. 176).
Prof. David Rubens de Souza
[1] A teologia liberal encontrou seu método na filosofia kantiana, a
inacessibilidade da esfera religiosa à razão pura e, ao mesmo tempo, a redução
da religião aos limites da mera razão. “Com a teologia liberal, tem início, assim, um processo de secularização
da religião, seguindo o itinerário filosófico ou o histórico-filológico
(Scheleiermacher, Ritschl, von Harnach). Trata-se de uma teologia que parte da
força de superação das contradições (Hegel) para harmonizar fé e razão,
revelação e razão, humanismo e cristianismo” (GIBELLINI, 2002, p. 148).
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Karl Barth - Rudolf Bultmann: Cartas (1922/1966)
Estou lendo o surpreendente livro das correspondências entre os dois principais teólogos do Séc. XX, Karl Brath e Rudolf Bultmann.
As cartas entre estes dois gigantes da teologia do século 20 escritas ao
longo de quatro décadas produzil
idéias excelentes para a teologia cristã.
Este livro contem todas as cartas disponíveis trocadas por Karl Barth e Rudolf
Bultmann durante um período de 44
anos (1922-19660).
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