Teologia de Bultmann

Palavra de Deus: Para Bultmann a Palavra de Deus é kerygma, apelo a decisão; acolhê-la na fé significa compreender a si mesmo de modo radicalmente novo. Crer não é aderir a algo misterioso ou incompreensível, mas compreender a si mesmo; crer é compreender que não se pertence ao mundo, espaço da caducidade, do pecado e da morte, e sim ao mundo de Deus da vida. Só na fé se chega à verdade da própria existência.[1]

Antigo Testamento: Para Bultmann, o Antigo Testamento é Palavra de Deus só em sentido mediato, enquanto serve para tornar compreensível cristo, Palavra e revelação de Deus.[2]

Escatologia: Para Bultmann, escatologia jamais significa uma realidade futura que acontecerá no fim da história. Escatológico é o que é decisivo para a existência, e o decisivo já aconteceu, aconteceu no evento Cristo e acontece todas as vezes no evento da Palavra, que renova a existência. A existência cristã é uma existência escatológica.

O Cristão: Segundo Bultmann “ser cristão”, significa estar já por antecipação acima do tempo deste mundo; significa encontrar-se já no fim deste mundo: “o mundo não muda, o que pode mudar é atitude do homem diante dele, e isso só acontece na fé”.

David Rubens

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[1] GIBELLINI, Rosino. Teologia no Século XX. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2002. p. 37.

[2] p. 40.