domingo, 15 de outubro de 2023

As Diferenças são as Fidelidades. David Rubens

 

A fidelidade ao homem de ciência na Europa pôs em marcha o projeto desmitologizador de R. Bultmann. A fidelidade à Palavra de Deus fez desembocar K. Barth e seus amigos na teologia da dialética. A fidelidade aos cadáveres dos companheiros, em meio aos quais acordou numa manhã da 1ª Guerra Mundial, convenceu P. Tillich de que já não seria possível o idealismo na teologia. A crença na necessidade de salvar um núcleo da herança do Iluminismo levou W. Pannenberg a abandonar e criticar toda teologia posicional para afirmar uma teologia argumentativa, em profunda dívida da exaltação hegeliana da razão. A experiência de antigas dificuldades e apropriações católicas deu origem à teologia política de Metz. A fidelidade aos impulsos renovadores dos anos sessenta conduziu J. Moltmann à criação do livro belo e singular Teologia da Esperança. O monolitismo atemporal católico despertou em K. Rahner, o homem que tantos horizontes abriu ao trabalho teológico. A fidelidade ao cativeiro dos povos latino-americanos deu origem a Teologia da Libertação.  

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