domingo, 14 de outubro de 2012

Trabalho sobre Bultmann e Heidegger

Trabalho apresentado no XVII ENIC - Encontro de Iniciação Científica 2012 - UNITAU (Taubaté).
David Rubens

terça-feira, 24 de julho de 2012

A Carreira Acadêmica de Bultmann


Carreira acadêmica
Em 1912, começou sua carreira acadêmica, inicialmente na qualidade de livre docente de exegese neotestamentária na Universidade de Marburg, depois como encarregado na Universidade de Wroclaw (Breslau). Em 1920, foi chamado a suceder o célebre biblista Wilhelm Bousset[1] na Universidade de Giessen, mas apenas um ano depois preferiu deixar essa universidade para retornar a Marburg, que ele sempre considerou a sua pátria acadêmica, a fim de assumir a cátedra de Novo Testamento e de História da Igreja Primitiva. Desde então, permaneceu sempre em Marburg até 1951, ano em que se retirou do ensino. Nesse meio tempo, casara-se[2] em 1920, tendo duas filhas[3] de seu feliz matrimônio.  
Em 1921, publicou uma de suas obras mais significativas, História da Tradição Sinótica, na qual introduziu no âmbito da pesquisa neotestamentária o Método Histórico das Formas.
Neste período Bultmann, abandonou a orientação liberal na qual tinha crescido e começava a trabalhar e participar da fundação da Teologia Dialética,[4] notoriamente antiliberal e antimodernista.

 
Prof. David Rubens

[1] Wilhelm Bousset (1865-1920), Bousset era uma figura proeminente da Escola da História das Religiões. Seu trabalho mais conhecido envolveu estudos comparativos entre a Igreja Cristã e outras crenças religiosas, particularmente judaísmo helênico. Bousset demonstrou em seus escritos que o pensamento cristão foi profundamente influenciado pelas culturas vizinhas e sistemas de crenças.
[2] Helene Bultmann.
[3] Antje Bultmann (nascida em 27 de julho de 1918), primeira filha de Bultmann. Gesine Bultmann (nascida em 1 de julho de 1920), segunda filha de Bultmann.
[4] A teologia dialética, denunciou as tentativas realizadas pela teologia liberal de reduzir ao silêncio a Palavra de Deus. A teologia dialética, afirma que o homem só com as suas forças (a filosofia, a cultura, a religião) não pode alcançar Deus, já que existe uma infinita diferença qualitativa entre Deus e o homem. Principais nomes da teologia dialética: Rudolf Bultmann, Karl Barth, Emil Brunner, Friedrich Gogarten, Eduard Thurneysen.      

Os Mestres de Bultmann


Pensadores que exerceram influência na formação inicial de Rudolf Bultmann
Bultmann cresceu na famosa escola da Teologia Liberal Alemã[1] do século XIX: Seus mestres foram homens de clara fama liberal e de orientação histórico-crítica. Ele mesmo deixou a lista daqueles em relação aos quais sente-se particularmente devedor:
Em Tübingen, o historiador da Igreja Karl Müller (1842-1940).
Em Berlim, o estudioso vétero-testamentário Hermann Gunkel (1862-1932): conhecido por sua contribuição para “crítica da forma”, e o estudo da tradição oral em textos bíblicos. E o grande historiador dos dogmas Adolf von Harnack (1851-1930): suas duas obras mais conhecidas são: “Manual de história do dogma”, em três volumes e a série de palestras “A essência do cristianismo”, texto clássico da teologia liberal. Harnack defendeu em sua obra principal História dos Dogmas, a evolução dos dogmas do cristianismo pela helenizacão progressiva da fé cristã primitiva.
Em Marburg, dois estudiosos do Novo Testamento; Adolf Jülicher (1857-1938): teorizava que Jesus não afirmou ser o Messias, mas que a igreja primitiva tinha reivindicado que era. Segundo esta teoria, o autor do evangelho de Marcos tinha inventado a ideia de “segredo messiânico”, segundo o qual Jesus tentou esconder sua identidade, e só revelou a alguns de seus discípulos. Johannes Weiss (1863-1914): conhecido por seu trabalho da crítica do Novo Testamento. Ele escreveu as primeiras interpretações escatológicas do Evangelho (1892) e, em seguida, estabeleceu os princípios da “crítica da forma: análise das passagens bíblicas através de sua forma estrutural. E o teólogo sistemático Johann Wilhelm Herrmann (1846-1922): influenciado por Kant e Ritschl, via Deus como o poder da bondade. Jesus era visto como um homem exemplar. Mesmo que Jesus nunca existiu, de acordo com Herrmann, seu retrato tradicional ainda era válido. Seu livro “A Comunhão do Deus cristão” era visto como um dos destaques do século XIX.
Mondim, afirma que foi “a conselho de Weiss que Bultmann se orientou para os estudos de exegese neotestamentária” (MONDIM, 2003, p. 176).

Prof. David Rubens de Souza


[1] A teologia liberal encontrou seu método na filosofia kantiana, a inacessibilidade da esfera religiosa à razão pura e, ao mesmo tempo, a redução da religião aos limites da mera razão. “Com a teologia liberal, tem início, assim, um processo de secularização da religião, seguindo o itinerário filosófico ou o histórico-filológico (Scheleiermacher, Ritschl, von Harnach). Trata-se de uma teologia que parte da força de superação das contradições (Hegel) para harmonizar fé e razão, revelação e razão, humanismo e cristianismo” (GIBELLINI, 2002, p. 148).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Karl Barth - Rudolf Bultmann: Cartas (1922/1966)

Estou lendo o surpreendente livro das correspondências entre os dois principais teólogos do Séc. XX, Karl Brath e Rudolf Bultmann.

As cartas entre estes dois gigantes da teologia do século 20 escritas ao longo de quatro décadas produzil idéias excelentes para a teologia cristã.

Este livro contem  todas as cartas disponíveis trocadas por Karl Barth e Rudolf Bultmann durante um período de 44 anos (1922-19660).

David Rubens  
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