domingo, 15 de outubro de 2023

As Diferenças são as Fidelidades. David Rubens

 

A fidelidade ao homem de ciência na Europa pôs em marcha o projeto desmitologizador de R. Bultmann. A fidelidade à Palavra de Deus fez desembocar K. Barth e seus amigos na teologia da dialética. A fidelidade aos cadáveres dos companheiros, em meio aos quais acordou numa manhã da 1ª Guerra Mundial, convenceu P. Tillich de que já não seria possível o idealismo na teologia. A crença na necessidade de salvar um núcleo da herança do Iluminismo levou W. Pannenberg a abandonar e criticar toda teologia posicional para afirmar uma teologia argumentativa, em profunda dívida da exaltação hegeliana da razão. A experiência de antigas dificuldades e apropriações católicas deu origem à teologia política de Metz. A fidelidade aos impulsos renovadores dos anos sessenta conduziu J. Moltmann à criação do livro belo e singular Teologia da Esperança. O monolitismo atemporal católico despertou em K. Rahner, o homem que tantos horizontes abriu ao trabalho teológico. A fidelidade ao cativeiro dos povos latino-americanos deu origem a Teologia da Libertação.  

terça-feira, 31 de março de 2020

Heidegger em Bultmann: Da destruição fenomenológica à desmitologização teológica. Alexandre Marques Cabral.



O autor do livro, Alexandre Marques, doutor em Teologia e Filosofia, tem se destacado no Brasil como um importante intérprete do pensamento de Martin Heidegger. Nesta obra, Alexandre aborda a questão da influência da filosofia de Heidegger na desmitologização de Rudolf Bultmann, método utilizado para interpretação de textos do Novo Testamento.
O livro é muito rico, sendo uma ótima referência para os interessados no assunto.
Tenho pesquisado a teologia de Rudolf Bultmann há pelo menos quatorze anos, e recebi com muito entusiasmo a publicação da pesquisa do Alexandre Marques.
Via Vérita Editora
P. 301.
2017.

quinta-feira, 19 de março de 2020

A Bíblia e seus inimigos filosóficos. Klaus Berger.


Qualquer pessoa dedicada ao estudo da tecnologia deve observar que a interpretação da Bíblia (exegese), especialmente para o Novo Testamento, nunca ocorre no vácuo.
Este livro mostra que a interpretação supostamente neutra e supostamente imparcial de toda a exegese recente da Bíblia na escola é massivamente influenciada por certas filosofias. Esses exegetas também não abordavam os textos sem ônus, mas muitas vezes estavam intimamente ligados aos filósofos relevantes de seu tempo. Portanto, deve-se examinar criticamente as opiniões da escola em vez de considerá-las ingênuas em relação a Bíblia. Deve-se dizer honestamente qual a influência que está sob e, se possível, seguir as filosofias apenas na medida em que elas não apadrinham as Bíblias e ditem suas próprias ideias. 
p. 231.
Idioma: Alemão.


Klaus Berger, professor de Novo Testamento na Universidade de Heidelberg, Alemanha.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

David Rubens: Livros.



RUBENS, David. História da Igreja. 1. ed. Pindamonhangaba: IBAD, 2020. ISBN - 978-85-60068-59-3. P. 200.
RUBENS, David. Pentateuco: História, composição e aspectos teológicos de Gn, Êx, Lv, Nm e Dt. 1. ed. Pindamonhangaba: IBAD, 2020. ISBN - 978-85-60068-56-2. P. 300.
RUBENS, David. Capelania Crista: serviço de assistência espiritual. Pindamonhangaba-SP: IBAD, 2020. ISBN. 978-85-60068-54-8. P. 100.
SOUZA, David Rubens. Jesus Histórico: o caminho do amor e do cuidado. Curitiba-PR: Editora Prismas, 2016. ISBN - 978-8555-07379-3. P. 110.
RUBENS, David. No caminho com Deus: Livro de Reflexões. Pará de Minas/MG: Kerygma, 2012. ISBN. 978-85-7953-638-0. P. 85.
RUBENS, David. Jesus: modelo de práxis-social cristã. São Paulo: Kerygma, 2011. P. 96.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Livro, Jesus Histórico: O Caminho do Amor e do Cuidado. David Rubens de Souza


Como Jesus foi visto ao longo da história? Em cada período Jesus foi interpretado de forma muito particular. Diante disso surgem algumas questões: seria possível reconstruir o verdadeiro Jesus histórico? O que os evangelhos ensinam sobre o Homem de Nazaré? Qual foi sua mensagem? Como foi seu ministério? Com quem ele andava? Será que os evangelhos apresentam respostas para esses dilemas? 
O movimento criado por Jesus há cerca de dois mil anos atrás continua até hoje, mas seria possível reconhecer a mensagem e a prática de Jesus no movimento que leva o seu nome? Qual a relação da igreja atual com o caminho de Jesus relatado nos evangelhos? 
É preciso saber quem foi Jesus para entender qual é a missão dos cristãos hoje.

Apresentação: Brochura 
Formato: 12 x 18cms 
ISBN: 978-85-5507-379-3
Páginas: 110 
Edição: 1ª 
Ano Publicação: 2016
Editora: Prismas

 Jesus Histórico: O caminho do amor e do cuidado 
David Rubens de Souza

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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Karl Barth e Rudolf Bultmann: Correspondências 1922/1966




Münster, 17 de fevereiro de 1930

Querido senhor Bultmann,

Obrigado pela sua carta de ontem. Você me deixou sem saída. Eu não tenho outra escolha a não ser dizer que, se eu viver, vou participar de sua conferência e dar a palestra desejada, desfavorável , embora a minha posição será a partir de meus princípios, em uma reunião composta exclusivamente de seus estudantes. Mas a coisa mais importante pode e deve ser a discussão em um círculo muito limitado. Eu simplesmente peço-lhe para fixar a data o mais cedo possível para que todos possam vir. eu vou fazer tudo que posso para que Thurneysen esteja lá, e Georg Merz deveria estar presente por conta de ZZ. Como tudo vai ser é um mistério para mim, porque a possibilidade de falar com Gogarten como com outros seres racionais é para mim uma das possibilidades ontológicas, que eu vejo com muita descrença. No futuro, entretanto, vou procurar aumentar o meu "pessimismo" consideravelmente.
Na sexta-feira oito dias atrás, encontramos o endereço de Frau von Tiling que, de acordo com declarações do próprio Gogarten, é solidário teológicamente com ela. Ela é uma baronesa báltico o argumento "a mulher deve ficar em silêncio na igreja" é também uma possível razão para as supostas perseguições cristãs no Báltico. Foi uma revelação de brutalidade intelectual que ainda estou abalada hoje quando me lembro da discussão com Gogarten. Gogarten não deve vir com este tipo de ensino, em outubro, o segundo colóquio em Marburg não deve ser tão infrutífero quanto o primeiro.
Você não ficara feliz de ver o semestre lentamente chegando ao fim. Para nós, haverá muitas despedidas, partidas, e também um recomeço. Durante o inverno eu espero ter fechado um bom acordo com Heinrinch Scholz, eu não sei, se tiver escolha, eu não posso desistir de Bonn por causa dele. Eu certamente não posso acreditar que poderei encontrar esse tipo de comunhão novamente com o outro filósofo.
 
Desejo que tudo vá bem com você,
Muito sinceramente
 
Karl Barth

* Karl Barth; Rudolf Bultmann. Letters 1922/1966. p. 52. Tradução do inglês: David Rubens. 
*Imagem: Karl Barth e Eduard Thurneysen.


quinta-feira, 30 de junho de 2016

Barth e Bultmann: Correspondências. Tradução do prefácio do livro.


 

                                           Prefacio
Esta edição de correspondências de Karl Barth e Bultmann foi planejada independentemente da edição geral das obras de Barth realizadas em 1970. Por sugestão dos editores de Barth, e com a autorização de Bultmann.
O livro contém todas as cartas e cartões postais que os dois teólogos trocaram em várias décadas de amizade e discussão teológica. Estão disponíveis: 30 cartas e 33 cartões postais escritos por Bultmann (1922-1966) e 25 cartas e 10 postais escritos por Barth (1923-1963). Infelizmente, 11 cartas e cartões postais escritos por Barth foram perdidos nos correios em 1969 e até agora não foram recuperados.
O material escrito por Barth foi preservado nos arquivos de Bultmann, e, o que foi escrito por Bultmann pode ser encontrado no arquivo de Barth na Basiléia.
Barth e Bultmann se encontraram pela primeira vez quando Barth era estudante em Marburg de 1908 a 1909, e conheceram-se melhor nos encontros abertos a noite na casa de Martin Rade, cujo diário Die Welt Christliche, Barth ajudou a editar em 1909. Bultmannn tornou-se amigo particular do irmão de Barth, Peter Bart, que é mencionado mais de uma vez nas cartas. Peter Barth escreveu o cartão postal conjunto da Conferência Aarau (21 de março de 1911), que é o primeiro contato escrito entre Barth e Bultmann. Treze anos mais tarde Barth cumprimentou Bultmann em um cartão enviado por Eduard Thurneysen de Pany nos Grisões (15 de agosto 1924). Estes foram os primeiros contatos por escrito entre os dois teólogos.
O livro contém várias cartas que merecem uma atenção especial. Prometo traduzir e publicar outros trechos do livro.


David Rubens
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